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4 Tendências de gestão de ativos físicos para 2023

18/1/2023

Quando entramos em 2022, a indústria de gestão de ativos físicos atingiu um valor recorde de 126 mil milhões de dólares. A volatilidade contínua do mercado tem assustado muitos investidores. No entanto, o setor cresceu pelo terceiro ano consecutivo, sugerindo que ainda há muitas oportunidades para aqueles que sabem onde procurar.

As empresas de gestão de ativos físicos estão a virar-se para estratégias de dados inovadoras, novas formas de relatórios e divulgações, e um maior foco na transformação digital. Por outro lado, estão também a preparar-se para enfrentar uma série de mudanças generalizadas impulsionadas por uma maior concentração na transparência do ESG, melhor acessibilidade da indústria, maior personalização.

Neste sentido, identifico 4 tendências que vão impactar a indústria de Asset Management em 2023.

1. Forte estratégia orientada por dados

Os gestores estão a recorrer a análises avançadas e tecnologias de aprendizagem de máquinas para os ajudar a fazer análises de dados. Isto permite-lhes acompanhar a concorrência, compreender melhor os seus clientes e os seus comportamentos, bem como tomar decisões baseadas em dados que podem melhorar o desempenho e os resultados.

2. Relatórios de ESG

A sustentabilidade já não é uma preocupação de nicho, é algo transversal a todos os setores do atual ecossistema organizacional. Os investidores querem saber, mais do que nunca, que o seu dinheiro está a ser aplicado em empresas e indústrias que estão empenhadas em ter um impacto positivo no ambiente e na sociedade. Isto porque, os relatórios do ESG (ambientais, sociais e de governação) tornaram-se obrigatórios para empresas cotadas em bolsa e os gestores de ativos físicos estão a seguir o exemplo, proporcionando maior transparência e evidências em torno do ESG no seu portfólio de clientes.

Os stakeholders querem, em última análise, que as empresas sejam genuínas acerca das suas ações e dos progressos que estão a fazer. A greenwashing e a desonestidade geral sobre questões ambientais, sociais e de governação empresarial (ESG) poderá colocar as empresas numa posição de risco, podendo perder clientes e reduzir o acesso a financiamento.

Quase 8 em cada 10 investidores milennials consideram o ambiente, o social e a governação como a sua principal prioridade ao considerar oportunidades de investimento. De facto, consideram o ESG mais importante do que os próprios retornos.

3. Transformação digital

Os gestores de ativos físicos estão, cada vez mais, focados na transformação digital. Isto implica automatizar processos manuais, adoptar inteligência artificial (IA), e utilizar tecnologias baseadas na cloud para melhorar a eficiência e a conformidade. A transformação digital não é um conceito novo, mas a

pandemia empurrou-a para o topo da agenda da grande maioria das empresas de gestão de ativos físicos. A necessidade de apoiar acordos de trabalho à distância e satisfazer as crescentes exigências dos investidores com conhecimentos digitais significou que as empresas tiveram de investir na transformação digital a um ritmo acelerado.

4. Estratégias de retenção de talentos

Na indústria das tecnologias de informação, as empresas estão a lutar pela retenção dos seus talentos e as empresas de gestão de ativos físicos não fogem à regra. As excelentes condições de trabalho que as empresas fintech e outras organizações de serviços financeiros oferecem a potenciais colaboradores está a revelar-se extremamente difícil para os gestores de ativos físicos competirem com eles.

Para combater estas condições, os gestores de ativos físicos estão a virar-se para modelos de trabalho mais ágeis, oferecendo maior flexibilidade no que diz respeito aos horários e locais de trabalho. Estão também a procurar formas de melhorar o equilíbrio trabalho/vida pessoal e a oferecer mais oportunidades de desenvolvimento profissional.

A sociedade está a evoluir e a transformar-se a uma velocidade alucinante, por isso, é essencial que as empresas de gestão de ativos físicos se mantenham a par das últimas tendências para que estejam em posição de se adaptar rapidamente a novas realidades do mercado e às necessidades dos seus clientes, de forma a não serem ultrapassados pela concorrência.

Fonte: Diário de Notícias

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