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O sistema de realidade mista pretende potenciar a indústria e diferentes sectores de atividade, desde a saúde, fábricas ou serviços de manutenção remota.
Foi preciso esperar mais de um ano para a chegada do HoloLens 2 ao mercado português, desde que foi anunciado no Mobile World Congress em fevereiro de 2019. O novo sistema de realidade mista da Microsoft surpreendeu depois na sua demonstração de uma tradução em tempo real, parecendo que uma pessoa passasse a falar nativamente uma língua que não a sua, graças ao emparelhamento à inteligência artificial do Azure.
O sistema chegou a Portugal, englobado num leque de novos países da Europa que também receberam o equipamento. O HoloLens 2 tem um preço de 3,899 euros e pode ser adquirido na loja online da Microsoft. Para além dos serviços Azure, o headset é compatível com o Dynamics 365 e Power Apps, "o que faz dele o equipamento periférico mais inteligente do mercado", destaca a fabricante.
O HoloLens 2 tem chamado a atenção em diferentes sectores de atividade, desde a saúde, a unidades fabris ou manutenção remota. A Microsoft refere que o novo equipamento oferece uma experiência de realidade virtual imersiva e confortável, que beneficia da fiabilidade, segurança e escalabilidade dos serviços cloud e de inteligência artificial da Microsoft.
No seu anúncio, a NextBITT afirmou que os novos óculos de realidade mista da Microsoft foram criados especificamente para suprir as necessidades das empresas e aplicações baseadas na área da manutenção e gestão de ativos, segmento que a tecnológica portuguesa é especialista, pretendendo introduzir no mercado soluções inovadoras. Na altura, Pedro Morais, CTO da NextBITT referiu ao SAPO TEK que o HoloLens 2 “teve melhorias de layout que permite uma utilização mais facilitada, refiro-me ao campo de visão que foi aumentado, ao seu tamanho e distribuição de peso”.
Em outro caso em Portugal, o HoloLens já está a ser utilizado de forma inovadora na saúde, onde a Fundação Champalimaud foi pioneira a nível mundial na utilização do dispositivo na cirurgia a pacientes com cancro da mama.
Segundo o Dr. Pedro Gouveia, Investigador e Cirurgião da Mama na Fundação Champalimaud, "a qualidade de vida das nossas pacientes é para nós fundamental e foi nesse sentido que começámos a trabalhar para aperfeiçoar os métodos e as técnicas usadas nos nossos tratamentos. Inovámos e desenvolvemos um método digital e não invasivo com recurso à Realidade Aumentada e às HoloLens para permitir que o cirurgião possa ver e localizar o tumor dentro do corpo da doente durante a cirurgia. Este método 100% digital e não invasivo pode num futuro breve substituir todas as técnicas invasivas usadas hoje em dia na localização dos tumores da mama, proporcionando maior conforto às mulheres".
A Microsoft afirma que o dispositivo dá acesso a aplicações e soluções que permitem aos utilizadores aprender, comunicar e colaborar de forma mais efetiva, sendo o resultado de avanços no desenvolvimento de hardware, inteligência artificial e realidade aumentada. A fabricante promete a visualização de hologramas mais realistas e vibrantes, graças à duplicação do campo de visão do dispositivo, que mantém a densidade gráfica de referência de 47 pixels por grau de visão, o que reduz o cansaço ocular. Além disso, o equipamento melhora substancialmente a interação com hologramas, tanto em termos de contacto visual como em termos de manipulação, aproximando ainda mais a experiência do mundo real.
O headset foi construído à base de fibra de carbono com um design ergonómico, oferece um centro de gravidade mais equilibrado e permite ao utilizador deslizar os óculos sobre a estrutura de suporte, para maior conforto e flexibilidade de uso, permitindo aos utilizadores mudar rapidamente entre tarefas com e sem suporte virtual, sem tirarem o equipamento.
Fonte da notícia disponível para consulta em: Sapo Tek
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