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A Sustentabilidade tornou-se uma preocupação central para as empresas em todo o mundo. Neste contexto, a Inteligência Artificial (IA) emergiu como uma ferramenta poderosa para impulsionar as práticas empresariais sustentáveis. Neste artigo, exploraremos como a IA contribui para a concretização dos objetivos ESG (Ambientais, Sociais e de Governança) das empresas, incidindo especialmente no seu papel na gestão de ativos empresariais para medir e reduzir consumos de energia.
De acordo com o estudo Net Zero Economy Index 2023 da PwC, até 2050 o mundo deveria alcançar uma desafiante taxa de descarbonização de 17,2% (em cada ano) para cumprir o objetivo do Acordo de Paris de não aumentar a temperatura do Planeta acima dos 1.5ºC e, desta forma, evitar o agravamento dos efeitos das alterações climáticas.
Em 2022, taxa de descarbonização foi de apenas 2,5%, ou seja, o ritmo tem de aumentar 7 vezes para alcançar a meta estabelecida.
Intensidade de Carbono refere-se à quantidade de gramas de dióxido de carbono (CO2) que são libertados para produzir um quilowatt hora (kWh) de eletricidade. É uma medida utilizada para avaliar o impacto ambiental de uma determinada operação ou produto. Por exemplo, a eletricidade gerada através de combustíveis fósseis é mais intensiva em carbono, pois o processo pelo qual é gerada cria emissões de CO2. Fontes de energia renovável, como eólica, hidroelétrica ou solar, não produzem praticamente nenhuma emissão de CO2, então o seu valor de intensidade de carbono é muito menor e frequentemente zero.
Estes dados são mais uma chamada de atenção sobre a urgência de agir rapidamente.
O mundo empresarial constitui um dos pilares fundamentais para impulsionar esta mudança, ao introduzir nas suas operações inovações revolucionárias que contribuam para a aceleração da redução das emissões.
Existem várias medidas que as empresas podem adotar para contribuir para a diminuição da produção de gases de efeito de estufa e para a consequente mitigação das mudanças climáticas.
Algumas delas são:
À medida que o mundo enfrenta desafios ambientais cada vez mais urgentes, a sustentabilidade empresarial tornou-se uma prioridade essencial para organizações de todos os setores. Neste contexto, a Inteligência Artificial (IA) emergiu como uma ferramenta poderosa para impulsionar práticas empresariais sustentáveis e está na origem de transformações significativas, alterando profundamente indústrias e influenciando o funcionamento da economia mundial.
O poder destes desenvolvimentos é tal que, segundo o Boston Consulting Group (BCG), “Ao expandir as aplicações e tecnologias atualmente comprovadas, a Inteligência Artificial (IA) tem o potencial de desbloquear insights que podem ajudar a diminuir 5% a 10% das emissões globais de gases de efeito estufa até 2030 (…).”
E, de acordo com o mesmo estudo, 87% dos líderes empresariais acreditam que a IA pode desempenhar um papel fundamental na ação climática, especialmente ajudando a medir e a reduzir as emissões.
Espera-se que as empresas não apenas estabeleçam objetivos de sustentabilidade ambiciosos, mas também que os implementem. No entanto, essa implementação requer dados credíveis.
Efetivamente, muitos gestores empresariais reconhecem a necessidade de dispor de dados robustos para acompanhar o progresso da sua empresa rumo a objetivos ESG (Environmental, Social, Governance) e para preencher a lacuna entre estratégia e impacte real.
Na realidade, a maior parte dos dados já existe e, em muitos casos, em abundância. Trata-se de dados provenientes da gestão de instalações, consumos de energia, manutenção de ativos, infraestruturas, entre outros.
No entanto, a tarefa de recolher e interpretar grandes volumes de dados dispersos por diferentes departamentos é, por vezes, um verdadeiro quebra-cabeças. Para enfrentar este desafio, as empresas estão a recorrer à tecnologia para recolher e consolidar esta informação, obtendo assim dados transparentes e auditáveis.
É aqui que surge a IA, e outras tecnologias congéneres como Deep Learning (DL) ou Machine Learning (ML), que desempenham atualmente um papel fundamental na promoção da sustentabilidade empresarial, ao promover uma gestão mais eficiente dos ativos empresariais e a redução de consumos desnecessários, ao transformar dados em informações preditivas e identificar áreas prioritárias para melhorias. Desta forma, beneficia o ambiente, mas também a eficiência operacional e competitividade das empresas.
Como vimos, a IA desempenha um papel crucial na identificação de oportunidades de melhoria e na tomada de decisões mais informadas nas empresas.
Mais concretamente, eis como a IA pode contribuir para uma melhor gestão dos ativos físicos das empresas:
Permite a análise de grandes volumes de dados em tempo real, identificando padrões e oportunidades de otimização. Na gestão de ativos empresariais, isso significa identificar áreas de desperdício e ineficiência para reduzir consumos desnecessários. Por exemplo, ao fazer a leitura e análise de documentação operacional garante a análise de documentos de faturação relacionados com o consumo energético, possibilitando a extração de informações relevantes para os repositórios de dados de sustentabilidade e gestão de energia.
Os algoritmos de IA podem prever padrões de consumo, tendências e necessidades futuras, assegurando um planeamento mais eficaz dos recursos e uma redução do desperdício. Por exemplo, na gestão de energia, a IA pode analisar padrões de consumo, identificar oportunidades de eficiência energética e prever a procura futura. Da mesma forma, na gestão de resíduos, a IA pode otimizar processos de reciclagem e reduzir o desperdício através da análise de dados de produção e consumo.
Possibilita a deteção de dados anómalos e padrões de emissão, contribuindo para uma gestão de alarmes eficaz e em tempo real. Além disso, com base em tecnologias de Machine Learning (ML), os sistemas podem aprender e melhorar continuamente.
Permite a identificação de padrões nos processos internos que afetam os consumos energéticos, produção de resíduos e emissões de GEE. Essas informações são essenciais para uma tomada de decisão informada e alinhada com os objetivos de sustentabilidade.
Proporciona uma resposta mais rápida às exigências regulatórias e legais, além de servir como benchmark entre entidades privadas. Isso é crucial para acordos comerciais e acesso a melhores condições de financiamento.
A IA possibilita a implementação de sistemas de manutenção preventiva, que identificam potenciais anomalias operacionais antes destas ocorrerem e potenciais defeitos nos equipamentos. Isso não só reduz os custos de reparação, como também evita interrupções não planeadas, prolonga o ciclo de vida dos ativos e reduz o seu impacte ambiental contribuindo para a eficiência operacional e para a redução do consumo de recursos.
Por outro lado, pode ainda auxiliar na criação de cadeias de valor transparentes rastreáveis e descarbonizadas, pois, nos dias de hoje, é essencial rastrear os produtos até à sua origem, garantindo que foram produzidos de forma ética e sustentável. Os consumidores estão cada vez mais exigentes e esperam transparência total, desde a produção até ao produto final.
Utilizando técnicas de IA, as empresas podem analisar o impacte ambiental das suas operações em tempo real. Isso permite uma tomada de decisão mais informada, identificando áreas de melhoria e implementando medidas corretivas.
A IA está a transformar a sustentabilidade empresarial, oferecendo soluções inovadoras para enfrentar os desafios ambientais. Ao utilizar a IA de forma eficaz, as empresas podem não só reduzir o seu impacte ambiental, mas também melhorar sua eficiência operacional e competitividade no mercado global.
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