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Empresa tecnológica portuguesa especializada na gestão de activos físicos, criada em 2015, tem como ambição atrair cada vez mais projectos internacionais, com base numa crescente aposta em critérios de gestão sustentável.

Os activos físicos das empresas - como os edifícios e todos os equipamentos neles instalados (incluindo a manutenção da frota) - estão associados a contratos que "geram milhões", representando "custos transversais" que podem atingir até 40% dos custos totais de uma organização. A gestão profissional destes activos pode, por isso, significar otimização de processos, controlo de custos, ganhos de produtividade e melhores resultados. É esta a ideia que Miguel Salgueiro,sócio fundador e chief business officer da NextBITT, conta ao Dinheiro Vivo, indicando que uma maior eficiência na gestão dos activos físicos leva a uma redução da pegada de carbono e, consequentemente, a maiores ganhos de sustentabilidade para as empresas.

A NextBITT é uma empresa tecnológica portuguesa especializada na gestão e otimização de activos físicos, que actua nas áreas deasset management, facility management, field service, Internet of Things e sustentabilidade. Os três primeiros pilares representam as áreas de foco da empresa, enquanto o quarto pilar é uma consequência do potencial da plataforma de gestão desenvolvida pela NextBITT. Já o pilar da sustentabilidade é o objetivo de todo o trabalho de digitalização realizado na gestão de ativos físicos, segundo Salgueiro, para "tornar eficaz a gestão ambiental nas empresas, reduzindo muito a pegada de carbono". A sustentabilidade é o atual foco da NextBITT que, com esta aposta, pretende tornar-se uma referência internacional no prazo de cinco anos.

A sustentabilidade é "um grande foco", pelo que, através dos critérios de gestãoambiental, social ede governação ( ESG), o gestor da tecnológica portuguesa quer "oferecer uma solução segura, eficaz e fácil de usar num mercado cada vez mais competitivo".

"Até agora, a fase do património não tinha o devido destaque nas organizações. Agora temos a tecnologia. E porque é que é importante inventariar os edifícios? Para saber exatamente quanto vale o seu edifício. Quando se vende património, uma das análises que se faz é o tipo de intervenção que os edifícios sofreram. É preciso saber quem está lá dentro, o que está a ser gasto, onde e quando. Depois temos a capacidade de integrar tudo numa única plataforma. Estamos a falar de algo que hoje nos permite saber tudo o que se passa num edifício ou armazém, devido à crescente digitalização das organizações, o que nos permite ter um histórico fiável, atualizado diariamente. Existe uma plataforma que reúne toda a informação da organização, cujos resultados ajudam a tomar decisões sobre a necessidade de atuar ou não", explica o responsável da NextBITT.

Como têm sido os últimos anos para a Nextbitt?

A operação da Nextbitt tem sido positiva, segundo Miguel Salgueiro, e os anos da pandemia geraram mais oportunidades, devido à crescente digitalização das organizações, o que acabou por acelerar o negócio. "Crescemos mais de 50% em 2020 e 2021", nota, sublinhando que têm "registado sempre EBITDA [lucros antes de impostos, juros, depreciações e amortizações] de dois dígitos". "O negócio paga-se a si próprio", diz o gestor.

No ano passado, o volume de negócios atingiu os três milhões de euros, um aumento de 60% face ao ano anterior. Isto prova que a Nextbitt "mais do que duplicou o seu volume de negócios em tempos de covid", segundo osócio fundador. "A solidificação dos projectos", responde Miguel Salgueiro.

"O crescimento tem sido conseguido através da consolidação das áreas de negócio existentes e do reforço da presença internacional", acrescenta, referindo que a mudança de"mentalidade " das empresas tem ajudado. Não só devido à necessidade de digitalização, mas também devido a um maior empenhamento na sustentabilidade. E é aí que entram os planos de Miguel Salgueiro para os próximos anos.

"Não é fácil fazer previsões", diz, lembrando que o impacto da guerra na Ucrânia torna as estimativas ainda mais complexas. Ainda assim, revela que a empresa, "de um ponto de vista conservador", tinha antecipado em fevereiro um crescimento de 30% do volume de negócios até 2022.

A médio prazo, as perspectivas são mais alargadas, com o gestor a apostar num "crescimento bem superior a 50% nos próximos cinco anos", assente na "confiança dosplayers que viram na Nextbitt um ativo".

Segundo Miguel Salgueiro, esta confiança tem sido reforçada pela aposta da tecnológica no pilar da sustentabilidade. "A aposta no ESG permite-nos aspirar a ser uma grande referência internacional", afirma, indicando que haverá novidades nos "próximos dois meses".

O crescimento registado "tem sido conseguido através da consolidação das áreas de negócio existentes e do reforço da nossa presença internacional". De facto, com uma maior aposta na sustentabilidade, a Nextbitt tem como "principal prioridade" a internacionalização. A aposta na internacionalização assenta no desenvolvimento de projectos em Espanha, EUA, Angola, África do Sul e Brasil, segundo o gestor.

Mas esta ambição não passa pela abertura de escritórios noutros países. A operação é global desde o início, com a empresa a prestar serviços em "qualquer geografia" a partir de Portugal. Ou seja, a aposta na internacionalização é na conquista de projectos noutros mercados. O gestor garante que a empresa tecnológica já desenvolveu mais de 40 projectos, tanto a nível nacional como internacional. O objetivo agora é conquistar mais.

Criada em 2015, a Nextbitt é agora também um parceiro de referência da Microsoft e da Altice. A tecnológica portuguesa conta atualmente com 40 colaboradores e espera ultrapassar os 50 até ao final de 2022.

Fonte:Dinheiro Vivo

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